Numa situação hipotética alguém colocou o jovem Aristóteles aluno da Academia traçando um silogismo.
Só que Aristóteles da hipótese era um aluno qualquer de algum professor qualquer de universidade qualquer desta terra traçando um silogismo.
Silogismo que foi proposto pelo mestre em sala de aula.
O silogismo proposto tinha como tema a política nacional.
Após alguns minutos todos os alunos exceto o jovem Aristóteles já tinham feito seus silogismos e entregue ao mestre.
O catedrático vendo a demora do jovem peripatético se aproximou e perguntou:
"- Alguma dificuldade, filho?"
O jovem estagirita levantou os olhos ao mestre e com grande vergonha, respondeu:
"- Mestre, me desculpe, não consigo encontrar premissas verdadeiras para alcançar a conclusão. Todo meu esforço em criar premissas verdadeiras sobre nossa política termina com conclusões falsas. Eu sei que a lógica não flerta com o conteúdo, mas apenas com a forma; mas isso é algo que trago em mim, talvez pela educação que recebi, pois fui educado por uma pessoa muito ética."
O mestre percebendo a ingenuidade do jovem, confortou-o:
"- Calma, filho. Para que isso tudo? Para que todo esse passeio? Você é aluno de uma grande universidade! Não se preocupe com a verdade, mas com a retórica, entende? Não é a verdade que governa os homens, mas a retórica! Então, relaxe e pense. Monte as premissas de maneira que possam alcançar uma conclusão inquestionável."
O jovem Aristóteles perdeu a vergonha e traçou vários silogismos retóricos sobre a política nacional.
Cada silogismo atendia interesses diversos e podiam ser usados a qualquer momento, para qualquer pessoa, em qualquer contexto.
Depois disso, o jovem se tornou tão íntimo do mestre que recebeu uma indicação para dar aulas a um outro jovem qualquer de um governante qualquer que governaria uma republiqueta qualquer latina.